Um blog para Ignácio

Desde que o Ignácio chegou, em agosto, essa história de internet (assim como várias outras histórias) perdeu um pouco de sentido pra mim. Sim, porque toda a vida da gente muda mesmo: os sentidos mudam, alguns valores se transformam, muitas prioridades desaparecem (ao mesmo tempo em que novas surgem).
Foram seis, quase sete, meses muito intensos pra mim: Ignácio na hora de acordar, Ignácio na hora de escovar os dentes, Ignácio na hora de comer, de ir ao banheiro, de tomar banho... e Ignácio nas horas em que ele me deixava dormir. Tudo certo, mas muito difícil. Na verdade, definitivamente a coisa mais maravilhosa e mais difícil da minha vida. E hoje, certamente, o que há de mais importante nela.
Tudo gira em torno do Ignácio lá em casa: a hora que acordamos, a que tomamos banho, o que (ou onde, ou quando) vamos comer, onde vamos passear, o que devemos levar... Antes, era só decidir sair e, tchau! Saíamos. Agora tudo tem preparação, tem arrumação, tem preocupação.
Só que todo o cansaço, toda a tristeza (toda MESMO), toda a desilusão e toda a fraqueza vão embora com um único (e sempre sincero) sorriso do Ignácio. E o Ignácio sorri bastante. Sorri pro papai, pra mamãe, sorri pra cachorra, sorri pro vizinho, sorri pro espelho, pro ursinho, pra televisão... O Ignácio tem o incrível (e até então, por mim, inacreditável) poder de tornar meus dias mais encantadores ainda, mais felizes, únicos.
É por isso que agora eu escrevo pra ele (ou falando nele): quem sabe um dia ele leia e saiba (se tiver alguma pontinha de dúvida) o quanto eu o amo, o quanto eu o quero perto, o quanto ele mudou minha vida (pra melhor, sem sombra de dúvida), o quanto me tornou mais forte e imensamente mais feliz. Talvez ele ache a mãe exagerada (todas são) ou mesmo ridícula, talvez ache legal a minha idéia, talvez nem dê bola. Não sei. Não me importo hoje com o que vai acontecer ou mesmo o que ele vai pensar de mim no futuro. As duas únicas coisas que quero hoje e sempre na vida do Ignácio são felicidade e integridade.
E escrevo também pra quem gosta do Ignácio (e quer saber um pouco sobre os dias, as rotinas, descobertas, tombos, choros, brincadeiras, risadas, etc.) ou pra quem simplesmente queira saber como é a correria e a alegria da nossa doce (às vezes nem tão doce assim, sendo sincera) vida de mãe e filho.