domingo, 21 de março de 2010

Filhos... Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete...
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem shampoo
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!
(Poema Enjoadinho, do Vinícius de Moraes)
Assim terminamos o final de semana, nós as mães... pensando nas coisas que gostaríamos de ter feito, nas que não deveríamos ter inventado, nas que faltaram resolver, nas que dá pra resolver amanhã...
E àquelas (como eu) sem babá, com marido doente no final de semana (Rodrigo tosse no quarto, Ignácio acorda no outro, perde bico e chama... é um entra e sai constante, de quarto em quarto, a madrugada inteira), que dormiram menos do que precisavam, descansaram menos do que deveriam, UMA EXCELENTE SEMANA!
E mesmo com todo o cansaço, com todo o sono, com todas as reclamações da família pelo meu esquecimento (esqueço, de telefonar, esqueço de fazer os prometidos, esqueço até de comer...), com todos os filmes que deixei de assistir no cinema (um viva! ao dvd), continuo achando que vale a pena.
Filho enche a casa, filho ensina a ter mais paciência, mais tolerância, resistência (eu que o diga).
E eu amo o meu, imensa e incondicionalmente.
Tchau!

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