segunda-feira, 8 de março de 2010

Sobre o final de semana e preocupações de mãe



O Ignácio está na escolinha agora. Deve chegar em uma hora e meia, mais ou menos. Estou com saudades. Mas saudade, quando é pouquinho tempo, é boa. Tomara que tenha sido uma tarde legal pra ele, que ele tenha comido todo o lanche, tomado a mamadeira inteira (preocupações de mãe, porque ele não almoçou direito hoje). Enfim...


Ele teve um final de semana divertido (ao menos, ria bastante e parecia feliz): sábado dormiu na casa da avó e domingo encontrou com toda a família por parte do pai e com os meus pais (que vieram visitar). Passeou no shopping (coisa que adora fazer), brincou com a Mel, comeu picolé de limão...


Mas o meu final de semana foi estressante e tudo começou no sábado à tarde. Ele tomou outro tombo da cama. Não se machucou (ufa!), mas se assustou bastante e berrou por cerca de uma hora (se exageros!). Parava uns segundos e começava a choradeira denovo. Acabou comigo, tinha vontade de chorar junto. Queria ter sido eu a cair da cama. Queria ter sido eu a assustada.


Eu sei que ele ainda vai chorar muito por tombos, que vai ter marcas na testa de batidas, que vai levar mordidas de outar crianças (e vai mordê-las também). Sei que mais tarde vai sofrer por gostar de alguém, por perder alguém que ele ama, por sofrer algum tipo de injustiça (todos sofremos alguma(s) nessa vida). E EM ABSOLUTAMENTE TODAS ESSAS SITUAÇÕES EU QUERIA PODER ESTAR NO LUGAR DELE. Sabe porquê? Porque eu descobri que uma das maiores dores da minha vida é ver o meu filhote sofrer.


É egoísmo, eu sei. Nós temos os filhos pro mundo e não pra gente. Eu sei. Mas crescer é difícil. Crescer dói. E dói um bocado.


Tem doído um pouco crescer pela presença do Ignácio: aprender a ser menos egoísta dói, abrir mão de encontro com amigos queridos dói, não ter tempo nem pra tomar banho em paz (acho que as pessoas que têm babá não passam por isso) dói, não poder assistir filmes (eu sempre adorei cinema) ou porque eu durmo primeiro de cansada ou porque o baby precisa de atenção dói.


Não conseguir descansar a cabeça por não arrumar um trabalho mais “estável” (sim, porque eu trabalho, mas as pesquisas têm duração de seis meses, um ano... não dá pra fazer grandes planos) dói. E a preocupação com o futuro material que eu vou poder dar pro Ignácio me mata aos pouquinhos.


Preocupação com o amor, com a paciência, com a disposição, com a dedicação, eu não tenho. Sei que vou estar lá quando ele precisar de mim. Mas será que eu vou poder dar o que ele precisar? Essa dúvida me acaba. Enfim. Não acho justo toda essa responsabilidade ser do Rodri. Queria MUITO poder dividir mais isso com ele também.


Mas voltando ao final de semana. O Ignácio dormiu com a avó pra gente (eu e o Rodri) sairmos pra jantar, irmos ao cinema, namorar, etc. e etc. Mas foi pegar o carro rumo ao cinema que meu amor começou a passar mal. E assim ficou a noite toda. E, enquanto minha sogra cuidava do meu bebê, eu cuidava do dela.


Domingo, ele melhorou, mas eu piorei. Não descansei nada o final de semana inteiro.


Hoje, segunda-feira, eu tô triste. Triste, porque tô cansada. Mas, daqui há pouco, meu pequeno chega e acho que fica mais fácil melhorar. Vamos ver o que acontece. Depois eu conto.


Boa semana pra todos! Tchau!


2 comentários:

  1. Queridona!! Descobri teu blog só hoje e na primeira leitura já me emocionei! Muito bom ler-te e acompanhar o crescimento do Ig (e o teu tb)!!! Adorei!!
    Saudades de vocês! Beijos!
    Ah, e parabéns pelo nosso dia (hoje só dei os parabéns para a minha mãe, Mari e para ti, será que isso quer dizer alguma coisa?? hehehe)!!

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